⥽ SAF•IPB
A organização da primeira Sociedade Feminina presbiteriana no Brasil, que se tem notícia e respaldo documental, ocorreu na cidade de Recife/PE, no dia 11/11/1884. Sob o nome de “Associação Evangélica de Senhoras”, ela tinha por finalidade a realização de estudos bíblicos e arrecadação de fundos para auxiliar os necessitados e à igreja local. Sua primeira presidente foi a irmã Carolina Smith. Em seguida, foi organizada a segunda Sociedade Feminina na cidade de Rio Claro/SP, no dia 08/01/1885. De início, foi chamada de “Sociedade Boa Esperança”, com presidência da irmã Eulália Dagama, esposa do Rev. João Fernandes da Gama. Em 1908, a sociedade passa a se chamar pelo nome de “Sociedade Auxiliadora de Senhoras Eulália Dagama”.
Em 1941, foi realizado o 1º Congresso Nacional das Mulheres Presbiterianas na Igreja Presbiteriana do Riachuelo, cidade do Rio de Janeiro. Nele, em atendimento à solicitação de substituição, a identificação das organizações locais das SAFs pela designação de “Sociedade de Senhoras” foi preterida. Doravante, passou a denominá-las de “Sociedade Auxiliadora Feminina”. Pretendia-se com a mudança, incentivar o ingresso de moças, que com sua juventude e dinamismo muito contribuiriam ao crescimento do trabalho feminino. Nesse congresso, também foi aprovada a resolução de adotar o 2º domingo de fevereiro como Dia da Mulher Presbiteriana, em homenagem ao aniversário natalício da irmã Cecília Siqueira.
Na reunião do Supremo Concílio realizada na cidade do Rio de Janeiro em data de 14 a 21/07/2002, foi oficializado o dia 11 de novembro como Dia Nacional da SAF, que desde 1987 já se encontrava sob observação, dada a resolução da reunião da CE/CNSAFs realizada em Goiânia. A escolha remete a data da criação da primeira SAF na cidade de Recife, nesse dia e mês do ano de 1884.
DEPARTAMENTOS NA SAF Em 1920, a SAF da Igreja Presbiteriana de Lavras, no Sul de Minas, implantou a divisão em departamentos como modelo operacional de sua atividade. Foram formados 04 departamentos, que receberam os seguintes nomes: Presbitério, Sínodo, Assembleia e Missões. Esses títulos funcionavam em rodízio anual, de forma a instruir todas as senhoras sobre a existência, organização e função de cada trabalho representado pelo respectivo título.
FEDERAÇÃO DE SAFs Genoveva Marchant, pedagoga e missionária americana no Brasil por cerca de 50 anos, trabalhou na educação e difusão do evangelho em nosso país. Por sua iniciativa, reconhecendo a necessidade de uma organização mais eficiente ao trabalho feminino, organizou-se em maio de 1921, pelo Presbitério do Sul de Minas (PSMG), reunido no templo da Igreja Presbiteriana de Lavras, a primeira Federação de Sociedades Auxiliadoras de Senhoras, composta por 12 SAFs.
Em 1926, uma comissão de 100 mulheres compareceu à Assembleia Geral da IPB (então, Supremo Concílio), reunida em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, para solicitar a organização de Federações de SAFs em todos os Presbitérios da IPB. A efetivação dessa solicitação somente ocorrerá em 1928, decorrente do convincente discurso proferido pela D. Amélia Kerr Nogueira perante a Assembleia da IPB, então, reunida em Campinas/SP.
Em 1926, a Federação Sul de Minas introduziu duas novidades ao trabalho feminino: os Círculos Conferenciais e a comemoração do Dia Mundial de Oração. Ambas deram tão bons resultados, que continuam até hoje, mas sob as designações de Círculos e de Dia de Oração das SAFs do Brasil, sempre, anualmente, na primeira sexta-feira do mês de março.
CONFEDERAÇÃO DE SAFs A organização das Confederações Sinodais, que congrega as Federações dos Presbitérios nos limites de um Sínodo, segundo o Rev. Júlio de Andrade Ferreira, em seu livro “A História da Igreja Presbiteriana do Brasil”, o ano de 1945 é marco da organização das primeiras Confederações Sinodais. A pioneira surgiu em Recife, a 21 de janeiro, no Sínodo Setentrional. Na época, abrangia as regiões Nordeste e Norte. Nesse mesmo ano, em data de 23 de junho, foi organizada a Confederação do Sínodo Minas Espírito Santo, em Governador Valadares. Com o passar dos anos, em todos os Sínodos, as Confederações Sinodais foram sendo organizadas e realizados os Congressos Nacionais da CNSAFs, quadrienalmente.
Em 1958, o Supremo Concílio aprovou a organização da Confederação Nacional do Trabalho Feminino. Foi eleita a sua primeira presidência a irmã Blanche Lício. Nessa época, ocorre a mudança do Lema “Amar e Servir”, primeiro lema da SAF, para “Sê Tu uma Bênção”, ainda em uso.
PRESIDÊNCIA DA CNSAFs
1962-1966 ¬ Nympha Protásio de Almeida
1970-1974 ¬ Wilma Jerusa Pimentel Motta
1978-1982 ¬ Célia Goulart de Freitas Tavares
1982-1886 ¬ Célia de Ávila Cruz
1986-1990 ¬ Eunice Souza da Silva
1990-1994 ¬ Niracy Henriques Bueno
1994-1998 ¬ Mirthes Silva
1998-2002 ¬ Leontina Dutra da Rocha
2006-2010 ¬ Anita Eloísa Chagas
2010-2014 ¬ Ana Maria Prado
2014-2018 ¬ Ana Maria Prado
2018-2022 ¬ Ana Maria Prado
2022-2026 ¬ Ana Maria Prado (atual)
TEMAS DO QUADRIÊNIO De sua organização em 1884 até o ano de 1973, não era usado os Temas do Quadriênio como orientadores das atividades das SAFs. Somente a partir do Quadriênio de 1974-1978, na presidência de Wilma Jerusa Pimentel Motta, que os Temas foram introduzidos na sistematização do planejamento e execução das atividades. Visava-se, desse modo, estabelecer uma unidade temática dos assuntos, sob orientação de estudo a todas as sociedades, em todo território nacional. Eles servem como suporte à realização de palestras, estudos bíblicos ou temáticos, encontros e seminários realizados ao longo do quadriênio.
Os Subtemas do Tema ajudam no aprofundamento e enriquecimento dos conhecimentos bíblicos, pois tem a referência dos textos bíblicos como seu fundamento. Ambos, temas e subtemas, também norteiam as ações que são desenvolvidas pelas Secretarias de atividades das SAFs, assim como das Federações Sinodais e da Confederação Nacional.TEMAS ORIENTADORES NOS QUADRIÊNIOS
1986-1990 ¬ O teu Deus, onde está? (Sl. 42.3).
1990-1994 ¬ Hoje, o tempo oportuno (2Co. 6.2).
1994-1998 ¬ Louvor que renova (Sl. 103.1-10).
1998-2002 ¬ Santidade: Unidade e Paz. (Ef. 4.1-6).
2006-2010 ¬ Mulheres que surpreendem: instrumentos de Deus (Lc. 24.22).
MUSEU DO TRABALHO FEMININO Em 08/10/1998, foi organizado o Museu do Trabalho Feminino. Ele instalado, juntamente com o Museu da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), numa dependência do Seminário Teológico Presbiteriano do Sul (SPS), na cidade de Campinas/SP, sob responsabilidade pelo seu acervo, a irmã Alzira Ferreira. Residente em Campinas, ela foi quem, primeiramente, teve a iniciativa de ir colecionando e guardando todo material relacionado à História do Trabalho Feminino da IPB. Em setembro de 2001, o museu nomeado de “Museu do Trabalho Feminino Alzira Helena Vallim Ferreira”.
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